terça-feira, 27 de novembro de 2012

PREPARAÇÃO FÍSICA NO JUDÔ




A participação com sucesso em torneios de judô depende de elevado nível técnico-tático, tendo como suporte físico a potência e a capacidade anaeróbia, a capacidade aeróbia, a força e a flexibilidade (LITTLE, 1991 apud AZEVEDO et al, 2004).
Existem três capacidades motoras de condicionamento que formam o tripé de sustentação do processo de treinamento do judô: a força, a velocidade e a resistência, sendo a flexibilidade utilizada mais como coadjuvante e profilática numa fase básica de treinamento. Segundo Weineck (1999 apud AZEVEDO et al, 2004), essas três capacidades motoras existem em suas formas puras e complexas, todavia algumas capacidades motoras de condicionamento devem ser priorizadas durante o processo de treinamento:
• a velocidade de ação (ou acíclica) e a potência usadas na fase dinâmica das lutas em pé e no solo;
• a força estática aplicada durante as imobilizações;
• a força máxima para sair de posições praticamente encaixadas;
• a resistência de força rápida e força intermitente, necessária aos sucessivos esforços intervalados durante os vários minutos de luta (AZEVEDO et al, 2004).




Judô é uma modalidade acíclica onde há uma diversidade de golpes, de movimentos e de gestos motores. Então o judô como todas as lutas é um esporte atípico, é intermitente e não contínuo. Normalmente os praticantes tem de 10 a 14 segundos desde a pegada até projetar o indivíduo ou imobilizar, o que acontece de interessante na maioria dos estudos que envolvem as lutas é o trabalho que vem realizando com relação pausa-esforço ou esforço-pausa (P:E). Para que se consiga periodizar o treinamento de forma mais eficaz. Então se as lutas tem característica intermitente logo eu devo trabalhar de forma intermitente.
A relação P:E= 30:14 no judô nada mais é que 14 de esforço por 30 de pausa, tudo o que não é golpe e pegada de golpe se chama pausa, a pausa é ativa e não ativa, depende se o individuo fica parado sem gasto energético ou ativo fazendo outra atividade. No masculino o tempo de luta é de 5 minutos sendo assim no treino ou avaliação eu posso fazer uma série de 5 minutos (15- esforço 30- recuperação ativa, 15, 30, 15, 30... e assim vai até dar 5 minutos), sempre controlando a intensidade através da frequência cardíaca. Esses 5 minutos é uma série, sendo assim pode-se trabalhar várias séries, pode-se fazer o treinamento de 5 a 7 ( ou 10) lutas, isso vai depender muito da competição, sendo assim os treinamentos podem ser de 5 a 7 (ou 10) séries, um treinamento intervalado, e ai preciso de um intervalo entre a série, que vai depender muito do meu objetivo de treino, esse intervalo entre as séries vai depender da característica de treino que eu quero. Se o trabalho é aeróbio o intervalo deve ser pequeno, se for um trabalho anaeróbio o intervalo deve ser maior. Então se o intervalo entre as séries for menor (aeróbio) eu tenho uma pausa pequena de aproximadamente 1 minuto, se tem um trabalho anaeróbio tem pausas maiores de 3 minutos.
Fisiologicamente explicando, a pausa maior de 3 minutos é justamente por causa da reposição de glicogênio, se eu dou um intervalo muito grande eu evito a acidose e consigo transformar o lactato em mais energia, então o intervalo maior é justamente pra que eu consiga repor minhas fontes energéticas.
 O treinamento intervalado no período pré-competitivo (judô), deve ser trabalho de característica anaeróbia, com intervalo grande. Sendo assim eu preciso de intervalos maiores para transformar o lactato em glicogênio e eliminar o hidrogênio.
Na fase preparatória do treinamento (geral e específico) geralmente é aonde se faz o trabalho aeróbio e físico, no geral eu posso fazer o trabalho aeróbio (corrida, natação e etc), e no específico trabalhar mais a habilidade, o gesto motor, sendo tudo de forma específica do judô.




 Treinamento Funcional Judô


 Circuito Treinamento Judô



Referências

 AZEVEDO, P.H.S.M. et al.SISTEMATIZAÇÃO DA PREPARAÇÃO FÍSICA DO JUDOCA MÁRIO SABINO:
UM ESTUDO DE CASO DO ANO DE 2003. Rev. Bras. Cienc. Esporte, Campinas, v. 26, n. 1, p. 73-86, set. 2004



FRANCHINI, EMERSON. Judô: Desempenho competitivo. Editora Manole. São Paulo, 2010.

Vivian A., Vivian O., Rafaela Dias. http://domkombat.blogspot.com.br/2012/09/treinamentono-judo-esforco-pausa-e-sjft.html

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